terça-feira, 29 de março de 2011

Classificação supera crise. Orlando Craici e Neto falam do episódio


Nada melhor do que uma vitória vinda com a classificação para abafar qualquer princípio de crise. Um dia após garantir a quarta e última vaga no Grupo A à segunda fase do Campeonato Mato-grossense, o Mixto está tudo azul. Até o movimento de paralisação criado pelo elenco no sábado, um dia antes do jogo decisivo contra o Sinop, foi deixado de lado ao ponto do diretor de futebol do clube Orlando Craici ignorar a mini-greve dos jogadores.

Orlando Craici é o Diretor de Futebol do Mixto
Questionado pela reportagem da A Gazeta se a crise estava contornada, Craici tratou de desconversar, afirmando que o Alvinegro da Vargas não tinha crise. "Que crise, aqui não tem crise", disse o dirigente, ressaltando que o salário referente ao mês de fevereiro foi pago.

Ao tentar negar com veemência sobre a recusa dos atletas trabalharem no último sábado, Orlando Craici acabou desabafando sobre a situação constrangedora vivida pela diretoria, já que os atletas chegaram a ameaçar não entrar em campo para decidir a classificação à segunda fase diante do Sinop.

"Não aceito atletas fazerem greve por causa de dez dias de atraso. Além disso, vários deles pegaram vale com a diretoria. Mas agora tudo está resolvido, não é hora de falar de crise", frisou.

Em apuros com o movimento do elenco, diretores alvinegros chegaram a dar declarações à imprensa sobre uma eventual punição aos atletas, em especial os eleitos líderes do grupo. Dois dias após, o discurso já é de paz.

O gerente de futebol Genésio Luiz Neponuceno, o Neto, afirmou que a intenção da diretoria é não punir ninguém. Segundo ele, os jogadores elegeram alguns para representá-los junto ao presidente do clube Reginaldo Amorim, professor Hélio Machado, Orlando Craici e o técnico Arildo Berdum, para cobrar explicações sobre o atraso no pagamento do salário.

"A decisão de não treinar no sábado foi unânime, não foi uma coisa isolada ou muito menos liderado por alguns jogadores. Foram eles mesmos que determinaram alguns para representá-los junto a diretoria. Não se pode querer culpar ou punir alguns. Se for para punir, terá que punir todo o grupo. A decisão foi conjunta", disse Neto.

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